Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas é coincidência. Principalmente com você, Jenny Beckman. Vadia.

Filmes românticos não são os meus preferidos. Gosto de filmes com casos que fogem da melosidade, como o que são baseados nos romances de Nicholas Sparks, por exemplo, mas sem preconceitos com quem gosta. 500 Dias Com Ela é uma obra que todos que acreditam em histórias que causam diabetes deveriam assistir.

500 Dias com Ela

A obra foi dirigida por Marc Webb. Ela conta a história de um homem, Tom Hansen (Joseph Gordon-Levitt) e de uma mulher, Summer Finn (Zooey Deschanel). O narrador do filme, dá uma dica importante sobre a história, no início, ele diz que não é uma história de amor. Os dois se conhecem no trabalho, ele se sente atraído por ela e busca conhecê-la. Ela quer algo casual, mas Tom acaba se apaixonando e se envolvendo mais na relação existente entre os dois. Não sei se Jenny Beckman, da epígrafe, existiu de verdade, porém pode acontecer nos apaixonarmos por uma pessoa que não acredita no amor, não quer algo sério, ou não sente algo recíproco. Se este é o seu caso, caia fora! A falta da troca do sentimento vai acabar magoando alguém.

Os dois sofreram com a separação dos pais na infância. Tom superou assistindo a A Primeira Noite de um Homem e tendo a esperança de que o mesmo não aconteceria com ele, bastaria encontrar a mulher certa. Summer superou de outra forma, não acreditando no amor. Esse é o maior ponto de divergência entre o casal.

O nome original do filme é 500 Days of Summer (em tradução livre, 500 dias de Summer). Há um trocadilho interessante com o nome da protagonista, Summer. Summer em inglês significa verão. Verão é uma bela estação do ano, quando temos um sol nos esperando para aproveitá-lo. No sentido conotativo, verão, pode ser um momento de felicidade já que remete ao calor. Portanto, poderia ser “500 dias de felicidade”. Contudo, assim como o verão é uma estação, a Summer é passageira na vida de Tom. Essa acaba sendo uma fase de aprendizado para ele.

Embora muitas análises por aí coloquem a Summer como o objeto sexual dos sonhos de Tom, eu vejo com outros olhos. Na minha opinião, o Tom não entrega tudo à Summer. Ele a vê como um sonho, não como uma realidade. Isso pode gerar certo sentimento de insegurança em uma mulher, além de ser frustrante.

Referências

A Primeira Noite de um Homem, não aparece apenas como o filme preferido de Tom, mas tem uma cena que se refere a esse filme, a primeira noite de Summer e Tom. Outra referência é uma música que os dois cantam quando estão se falando no telefone, essa música faz alusão à Super Máquina, uma série de televisão que marcou os anos 80, assim como Doking Kong, um jogo que o amigo de Tom joga.

Trilha Sonora

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Final da análise e do filme

O filme divide opiniões. A história é dada de maneira não linear, logo no começo, há uma cena de Summer dizendo que ela e Tom deveriam ser apenas amigos.  Summer foi malvada com Tom? Durante a vida conhecemos e nos relacionamos com muitas pessoas, quando entramos numa relação mais do que a outra pessoa, acabamos sofrendo e, quando acontece o contrário, o outro acaba sofrendo. É exatamente disso que o filme trata, relacionamentos que terminam devido à incerteza do sentimento de uma das partes, mas que podem continuar de outra forma se ambos concordarem.

Summer não é uma vilã. Ela se envolveu completamente na relação com Tom, porém chegou num ponto que ela não queria mais manter um relacionamento além da amizade. Ela não teve segurança e certeza dos seus sentimentos por ele, e resolveu que cada um devia decidir a sua vida. Ele sofreu com essa escolha, mas depois viu que foi melhor.

“Que seja eterno enquanto dure” foi o que Vinicius de Moraes disse. Apesar de, particularmente, não concordar com essa frase é com ela que eu concluo. Comente aí se você ama ou odeia 500 Dias com Ela.

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